É isso aí...

Tá vivo não está?
Tá respirando não está?
Então...

Bora, prosseguir com a prosa...

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Meus erros

Desde pequena aprendi que nada do que eu fizesse seria tão ruim o bastante para que quem realmente goste de mim, deixe de me amar. Isso, quando eu era pequena...

Na infância, as artimanhas limitavam-se à pegar todos os batons de minha querida mãe e desenhar mocinhas coloridas no sofá de cetim ou arrancar as cortinas e transformá-las em lindos e longos vestidos de festa (eu tinha muita imaginação)... Nada disso fazia com que os meus me julgassem, apontassem na rua ou não me quisessem mais por perto. Levava uma bronca, pedia desculpas, aprendia que não podia mais fazer aquilo e ganhava um beijo compreensivo, de um pequeno ser que ainda estava aprendendo o que tinha que ser feito.

A vida adulta exige um pouquinho mais da gente.

Segundo o julgamento das pessoas, não se pode errar. Não obstante o que diz o ditado ''errar é humano'' - e a humanidade é muito burra - todos aqueles que erram não tem o direito de fazê-lo. Paradoxo, não é mesmo?

Tenho certeza que por vezes, TODOS, já cometemos algum equívoco, já nos engamos alguma vez em nossas vidas, e depois, em um sóbrio momento de epifania, nos demos conta, de que aquilo, não reduziria o verdadeiro amor, senão entristeceria quem nos amava de verdade (quase como destruir a coleção de batons de sua mãe).

Penso que meus erros me pertencem. E sem eles eu não cresceria. Para todos os ilibados que não erram, e condenam, lembro de uma verdade: quem não erra não aprende e quem não aprende não evolui e não cresce. Só os inseguros não se testam.

Ousei errar, por isso acertei.


B.Bjos ;*